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Espasmo Hemifacial: O que é, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento.

Irlon Oliveira • 8 de abril de 2024

Espasmo Hemifacial

 “Os espasmos no meu rosto me já me prejudicaram muito no trabalho e nos meus relacionamentos pessoais”. 



O que é Espasmo Hemifacial ?


 O Espasmo Hemifacial é uma condição rara que se manifesta através de contrações involuntárias dos músculos de um dos lados da face.

As contrações são indolores e geralmente se iniciam na região ao redor do olho e da testa podendo progredir também para a região da boca ou o inverso. Ocorrem em qualquer período do dia, inclusive durante o sono e podem piorar como consequência de fatores como ansiedade, estresse e cansaço.

O Espasmo Hemifacial é mais comum em mulheres, manifestando-se frequentemente na idade adulta, principalmente a partir dos 40 anos.



Qual a causa do Espasmo Hemifacial ?


    Geralmente o Espasmo Hemifacial é causado pela compressão do nervo que controla grande parte dos movimentos da face, o Nervo Facial. A estrutura mais frequentemente causadora dessa compressão é a Artéria Cerebelar Anterior Inferior.

    Em alguns casos há compressão do nervo por outras estruturas como veias ou até tumores localizados nessa região. 



Como é o diagnóstico do Espasmo Hemifacial ?


    O diagnóstico do Espasmo Hemifacial é baseado na combinação das manifestações clínicas com exames de imagem, como a Ressonância Magnética do Crânio.



Qual é o tratamento do Espasmo Hemifacial ?


   As modalidades de tratamento para o Espasmo Hemifacial incluem opções medicamentosas, toxina botulínica (Botox®) e cirurgia.


 

Qual o principal tratamento para o Espasmo Hemifacial ?


Atualmente o principal tratamento para o Espasmo Hemifacial é baseado na aplicação seriada de toxina botulínica (Botox®) nos músculos da face. 

Importante ressaltar que essa modalidade de tratamento é paliativa e possui eficácia variável, dependente da dose, frequência e do profissional executante . 

Apesar da toxina botulínica, proporcionar alívio temporário dos espasmos faciais, invariavelmente ocorre uma progressão natural da doença em que os espasmos tornam-se mais frequentes e severos. 



Quais são os medicamentos para tratamento do Espasmo Hemifacial ?


As opções medicamentosas incluem medicações anti-convulsivantes como a Fenitoína ou Carbamazepina, porém essas medicações frequentemente têm pouco ou nenhum efeito de melhora, diferentemente do que ocorre em outras doenças causadas por compressões neurovasculares.



Existe cirurgia para tratar o Espasmo Hemifacial ?


A modalidade de tratamento cientificamente comprovada mais eficaz para o Espasmo Hemifacial é cirurgia para descompressão direta em que acessamos o Nervo Facial através de um acesso na parte posterior do crânio e procedemos com a descompressão neurovascular causadora do espasmo hemifacial.



Como é a cirurgia para tratamento de Espasmo Hemifacial ?


Na descompressão cirúrgica, acessamos o Nervo Facial diretamente através de um pequeno acesso na parte posterior do crânio e utilizando microscópio de alta definição inspecionamos o nervo desde a sua origem no tronco cerebral até sua entrada na base do crânio. Frequentemente há um vaso sanguíneo comprimindo o nervo e após separar esse vaso sanguíneo do Nervo Facial, utilizamos um material chamado Teflon para proteger o nervo de outras compressões. Esse procedimento dura em média 5 a 6 horas e geralmente após 1 a 2 dias de internação, o paciente retorna para casa. Em 15 dias nos revemos para retirada de pontos. 


 Conhece alguém com esse problema?. Lembrem-se, informação e orientação adequadas sempre vão te ajudar. Cuidem-se, boa semana, até a próxima. 


Consulta Online - Dr Irlon Oliveira Neurocirurgião

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CRM 34411 RQE 26492


Graduado em Medicina pela Fundação Universidade Regional de Blumenau- SC, onde iniciou sua carreira.


Em constante crescimento e evolução, o médico se especializou em Neurocirurgia pelo Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba-PR, onde mais tarde também realizou Pós-Graduação em Cirurgia da Base do Crânio.


Ampliando as especialidades de atendimento, o especialista se graduou em Neuro-Oncologia pelo Hospital Sírio-Libanês em São Paulo-SP.


Atualmente é membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e da Sociedade Latino-Americana de Neuro-Oncologia. 

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